O guará é uma ave ciconiiforme da família Threskiornithidae, também conhecida como íbis-escarlate, guará-vermelho, guará-rubro e guará-piranga. É considerada por muitos uma das mais belas aves brasileiras, por causa da cor de sua plumagem.
Várias localidades na costa brasileira têm nomes de origem indígena associados a presença do guará no passado, como Guaratuba(PR), Guaraqueçaba(PR), Guaratiba(RJ) e Guarapari(ES). No clássico livro de Hans Staden (alemão que foi prisioneiro do índios Tupinambás por volta de 1550 na região que hoje corresponde a Ubatuba e adjacências, um dos primeiros relatos escritos da natureza brasileira) existe a descrição das diferentes plumagens dessa ave durante seu ciclo de vida e da importância da espécie na ornamentação dos indígenas que habitavam a mata atlântica.
O guará mede cerca de 50 a 60 cm. Possui bico fino, longo e levemente curvado para baixo. A plumagem é de um colorido vermelho muito forte, por causa de sua alimentação à base do caranguejo chama-maré (Uca maracoani) que possui um pigmento (carotenos) que tinge as plumas. No cativeiro, com a mudança da alimentação, as plumas perdem a cor e ficam com um tom cor-de-rosa apagado.
A sua alimentação é à base de pequenos caranguejos (chama-marés) que possuem pigmentos (caroteno) que tinge as pluma.
A reprodução é feita em colônias. O ninhos são feitos no alto das árvores à beira dos mangues e lamaçais litorâneos. A fêmea põe 2 ou 3 ovos de cor cinza-oliváceo com manchas marrons.
Os guarás forrageam em pequenos grupos, ou até mesmo indivíduos isolados, durante a maré baixa; os imaturos e sub-adultos costumam formar grupos separados para forragear. Excepcionalmente, bandos maiores (p. ex.: 50) forrageam juntos. Com a maré montante, repousam em grupos nas árvores do manguezal, onde não são facilmente vistos entre a folhagem. Reunem-se ao pôr-do-sol e voam em filas para os locais onde passam a noite.
O guará está presente em Trinidad e Tobago (onde é a ave nacional), na Colômbia, na Venezuela, nas Guianas e no litoral norte do Brasil (havendo grupos isolados já relatados em mangues de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e da Bahia).
Fonte: WikiAves